sábado, 22 de novembro de 2008

Como fazer um filme de terror


O objetivo desse texto é apregoar o pensamento glauberiano “uma idéia na cabeça, uma câmera na mão”. Uma coisa meio do yourself, sabe? Faça também um filme de terror!

Elenco: antes de tudo chame jovens bonitos e descolados, uma parte homem e a outra mulher. Não se esqueça de por algum negro, afinal vivemos na era politicamente correta em que ninguém é preconceituoso (ou finge não ser). Crianças e palhaços também são válidos para o quesito macabro do filme.

História: há muito tempo algo muito ruim aconteceu (pode ser tortura de crianças, acidente causado pela negligência de alguém ou qualquer coisa do tipo) o que ocasionou uma morte bastante dolorosa a alguém cujo corpo não foi achado. A pessoa morta volta para se vingar, e, então, começa uma chacina. O segredo para que isso tudo pare é achar os restos mortais do assombrador. Isso é fácil, o personagem tem que voltar ao local onde tudo aconteceu. Com um pouco de esforço ele acha o tal cadáver. Pronto, tudo está resolvido. Caso queira surpreender o público e deixá-lo na dúvida, faça com que a maldição pule a pessoa que achou o corpo e vá para o próximo. Como este pode se livrar? Sei lá, não será filmado mesmo. O que importa é ter todos coadjuvantes no caixão, e o principal vivo com aquele ar de “só tomar um banho que vou esquecer tudo”. Na hora em que a personagem principal estiver sendo perseguida, ela deverá esbarrar com alguém que ela conheça. Isso é susto na certa!

Obs: Todos os envolvidos devem ter alguma ligação. Para deixar mais dramático é recomendado que todos sejam grandes amigos. Se quiser aumentar mais um pouco a dramaticidade, faça com que o protagonista seja brigado com algum parente ou amigo que irá morrer no decorrer da história.

Cenário: lugares obrigatórios: biblioteca, casa com aparência de velha e toda destruída, cemitério, becos escuros, banheiros, sauna, lugares abertos e com clima fantasmagórico (por mais que esse lugar seja o centro de Nova Iorque)

Personagens: o protagonista deverá ser uma mulher com aparência frágil para que tenha um cara fortão para ajudá-la. No final é obrigatório um beijo entre eles (ou ao menos deixe subentendido que ficarão juntos). Essa garota deverá ter surtos de coragem, pois ela vai ter que entrar em portas que abrem sozinhas, corredores escuros, perseguir barulhos etc.

Filmagem : a câmera nunca deverá revelar o que tem ao final de um corredor. Closes em portas, olhos-mágicos, vultos de baixo da porta também são requisitos obrigatórios. Outra dica, imagens embaçadas! Isso é certeiro!

Efeitos: um efeito que está na moda é aquele muito usado no filme/jogos do Silent Hill: movimentos ultra rápidos da cabeça, pode ser de um lado para outro como de cima para baixo.

É isso ai. Caso eu tenha esquecido alguma coisa, por favor, compartilhe conosco nos comentários. Obrigado.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

P.O.D


Mudanças de plano. Primeiro eu ia postar algo sobre blogs e diários, mas deixa pra depois. Resolvi falar sobre um show que está pra acontecer: Payable on Death, maaaaaaaaaaano!

Cara, essa banda é tipo uma mãe pra mim no rock, sabe como é? Eu era apenas uma criança que não conhecia o lado bom da vida até que um dia eu vi o clipe de um cabeludo com rastafári batendo cabeça. Foi algo chocante! Desde então eu fiquei me imaginando em um show deles. Agora adivinha? Um dia antes de ir para os Estados Unidos eles vão tocar aqui. Acho que é uma boa despedida, não? Hahahaha

Agora você deve estar pensando: “o que eu tenho a ver com isso?”, ai eu respondo: “Nada! Escrevi isso aqui só pra falar que postei essa semana!” hah!

É isso ai! Beijo a todos que merecem, e um abraço pra os que acham que merecem

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Deixa ser como será

Viagem chegando, ficha começa a cair e o medo aparece. E agora eu me pergunto: pra que eu fui me meter numa merda dessas? Já era. Sempre quis fazer algo assim. Ir pra um lugar onde ninguém me conhece e começar tudo do zero. Falar é fácil. Dói-me o coração em pensar nas pessoas que eu gosto e saber que vou ficar um bom tempo sem vê-las. Dói-me mais descobrir pessoas maravilhosas onde você achou que nunca faria amizade e ter que conviver com o pensamento “Putz, por que eu as descobri tão tarde? E se quando eu voltar elas não se lembrarem de mim?”. Essa viagem é um sonho meu que eu achava que nunca se realizaria, e eu estou muito empolgado e feliz com ela, mas não é tão fácil ter que deixar coisas/pessoas que se aprendeu a gostar. Como faz? Não faz. Deixa ser como será. Obrigado por aqueles que vão sentir minha falta e para os que fingem que vão.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Tá na hora de apagar as velinhas...


Essa semana, nossa querida imprensa ganhou mais um presente: o assassinato da adolescente Eloah. Afinal, existe algo melhor do que uma tragédia? Esse ano foi muito bom para mídia: pai que joga filha da janela, crise financeira e por último, corno que mata a ex-namorada. Será que é alguma data comemorativa? Por que tantos presentes? Já sei! 200 anos da imprensa brasileira! Só pode ser! Ela fica tão feliz quando ganha presente que passa um mês ou mais só falando dele. Conta-nos tudo, até os detalhes mais sórdidos. Não duvido que algum dia passe no jornal: “a calcinha que Eloah usava na hora em que foi atingida era rosa, e a bala fez movimentos circulares até chegar ao seu destino final”. Que orgulho me dá em ver tudo isso e saber que sou um aspirante a jornalista. Duzentos anos de idade e cada vez mais fútil! Parabéns!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

De onde estou...

De onde estou
eu te vejo
perdida pelo mundo
dançando sob a chuva
ao som da música
que as lembranças
de um tempo bom
fazem em sua mente.
Sim, eu posso ouvi-la
e danço contigo.
Essa água que cai
é a cidade chorando
de saudade de quando
você a contemplava sem culpa
enquanto o sol se despedia,
e a lua, com sua soberba, roubava a cena.
Vamos continuar dançando
que a próxima música
é por minha conta,
eu a venho preparando
desde que nasci
para que um dia dançássemos juntos
e chorássemos do que é pra rir
e ríssemos do que é pra chorar.
A vida é assim, como um filme...
e cabe a nós o seu fim.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Isso de ficar

Antes de ontem, resolvi assistir aquele programa Profissão repórter. A pauta do dia era sobre relacionamentos. Fiquei abismado com o que foi mostrado: uma mulher que se veste de anjo e diz que sua função na Terra é ser cupido. Ela montou uma empresa que recruta idiotas encalhados e os une. Em determinado fim de semana, todos são levados para um lugar isolado e fazem vários tipos de rituais, entre eles, baile de máscaras. Segundo o cupido, assim as pessoas captam melhor a essência uma das outras. Meu Deus! Onde vamos parar?

Mas o que mais me chocou foi quando mostraram como funciona isso de “ficar” em micaretas. Um dos entrevistados era o típico Joey do seriado Friends: um monte de músculos e sem nada na cabeça. Esse ser, no final de um dia de festa, tinha beijado 18 garotas. Poxa, 18! Não quero ser chato, mas qual é a graça? É tão mais legal você ficar com uma pessoa e poder curti-la um pouco, ao menos saber o nome dela. Pior ainda foi uma garota (feia por sinal) dizer: “Sou seletiva! Não gosto dos caras que chegam agarrando”, mas ao final da festa tinha ficado com 16 e não lembrava se teve alguém que ela tenha gostado mais. Imagina se não houvesse seleção! Sem contar que nessa festa se toca Axé. Acho que nem Deus vai fazer o Diabo ouvir isso no dia do Juízo Final

terça-feira, 7 de outubro de 2008

=)

Tudo começou no Jardim III. Eu era apenas uma criança loira indo para escola e se desmanchando em lágrimas (Qual criança nunca chorou na hora de ir à escola?). Mal sabia eu que lá tinha uma garota que alguns vários anos depois iria se tornar alguém especial para mim.

O tempo passou e finalmente eu comecei a cursar o ensino superior. No começo eu estava indeciso entre jornalismo e publicidade. Acabei optando por este.

Havia uma matéria, sociologia, que as turmas de publicidade e jornalismo faziam juntas Foi ai o meu reencontro com essa garota. Eu ainda não falava com ela e nem a tinha reconhecido.

No outro semestre, migrei para o jornalismo e TCHANAAAN, eu era mais uma vez colega de sala dela. Por incrença que parível ela me reconheceu e então começamos a conversar. Minha primeira impressão foi: “ela me odeia!”. Porém o tempo passou e eu comecei a descobrir a pessoa maravilhosa que ela é! E como gratidão da amizade dela eu estou dedicando esse post a ela. Ericka, parabéns! Que Deus abençoe sua vida. Obrigado por tudo.

Beijos!

sábado, 4 de outubro de 2008

eu vou ficar rico!

Esses dias eu estava pensando no meu futuro como jornalista e cheguei a uma conclusão: vou abrir uma funerária. Poxa, o mercado de jornalismo não é uma maravilha, então eu pensei em algo que nunca saísse de moda e que é uma necessidade. Porém, até isso hoje em dia anda em crise. É só dar uma olhada nos jornais que você verá notícias sobre donos de funerárias brigando pelos mortos. Dai continuei pensando até que me veio outra idéia: vou queimar mendigos mortos para vender as cinzas deles! Genial, vai dizer? Da onde eu tirei essa idéia? Da nova tendência (não empolga emoxinho bruno): cheirar/ fumar cinzas de mortos! Até os famosos já aderiram a essa moda. Keith Richards cheirou o pai e agora a artista australiana Natascha Stellmach anda dizendo que vai fumar as cinzas do Kurt Cobain (smells like Kurt’s spirit. Viva a piada pronta). Vocês vão ver! Eu vou ficar rico! Ericka, já que você estava em crise sobre o jornalismo, se quiser, eu deixo você ser minha sócia!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

...

Ontem fui a uma reunião de amigos do ensino médio para rever a todos e ao mesmo tempo me despedir de um específico, pois ele mora em outro estado e seria a última vez que eu o veria antes de viajar para os Estados Unidos, onde irei trabalhar por um período.

Certa hora, começamos a relembrar as histórias que aconteceram no colégio. Rimos bastante, porém nostálgicos. Vinha a minha cabeça, apesar de eu apenas ter 19 anos, o quanto o tempo tinha se passado (e iria passar) e como parecia ter sido tão rápido. Então comecei a ficar incomodado, pois sabia que essas coisas nunca mais voltariam e que foi tremenda estupidez, apesar de normal, querer que o tempo passasse para que eu tivesse mais de 18 anos, pois achava que tudo iria mudar e ninguém mais mandaria em mim. Doce ilusão.

Mas isso tudo não vem ao caso. O que realmente me incomodava era saber que não tinha aproveitado 100% da minha vida por ter me agarrado a expectativas futuras que não se concretizaram. Daí eu me pergunto: será que vale a pena pensarmos tanto em nosso futuro? Não quero incentivar a ninguém a parar de estudar e de se planejar, e sim parar de se preocupar tanto com as coisas que ainda não vieram e são incertas e lembrarmos um pouco do presente, do agora. Muitas vezes nos prendemos tanto a nossa religião, aos nossos planos que nem percebemos que o tempo está passando e que ele não voltará. Será que se divertir um pouco sem ter que pensar nas conseqüências é tão errado? Não consigo ver tanto problema.

Não é a toa que o mundo cada vez mais se afunda em doenças e violência, afinal o mundo nos cobra tanta coisa! Como ficaremos se não conseguirmos dar conta do recado? Mas será que foi isso o que Deus realmente nos preparou? Será que é isso que é vida? Se for, Deus que me livre dela. Será que daqui a alguns anos olharemos para trás e falaremos “Poxa, minha vida valeu a pena!” ou diremos “Eu fui um idiota”? Nunca se sabe. Cabe a nós arriscar e ver no que vai dar.